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Crónicas de uma Vida Pouco Privada

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Do Modo Férias

Como já disse este ano as férias são assim um pouco estranhas. Mas é incrível como entro em modo férias e saio de modo férias em tão pouco tempo. É provável que entretanto isto dê mau resultado porque começo a acusar um ligeiro cansaço. No entanto estou a adorar estes curtos momentos em que consigo desligar. Venham mais e mais...

 

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Dos Dias Maus

Quando posso os olhos pelo blog ou pelas redes sociais parece que a minha vida é um espectáculo, cheia de dias felizes. 

Como é óbvio não é, tenho muitos dias maus, mas a verdade é que acho que não faz sentido guardar as más memórias. Não sou do estilo de chorar sobre o leite derramado e quando surge um problema acho que o mais inteligente é resolver, dar a volta por cima e continuar. Nem sempre fui assim, mas hoje acho que devemos sorrir para a vida para que ela nos sorria de volta. Não ganhamos nada em andar cabisbaixos ou zangados com a vida. E eu acho que na realidade não me posso queixar. Mas há dias maus. Claro que há. Há dias que mais valia não ter saído de casa e há dias que tudo me irrita. Life is a bitch!

O meu principal problema são as pessoas, as pessoas não prestam. Não me interpretem mal, eu felizmente estou rodeada de muitas pessoas que valem a pena, mas tenho muita gente à minha volta que não vale o chão que pisa. 

Desde de miúda que queria ser bióloga, para quê? Para estudar os animais e não as pessoas... Quando cheguei à universidade a nota não chegou para biologia por isso fui para geologia, para quê? Para estudar calhaus e não pessoas. Eu não gosto de trabalhar com pessoas, eu gosto de fazer as coisas à minha maneira. Toda a gente diz que eu sou muito boa a trabalhar em equipa, porque quem faz as coisas sou eu e os outros só ajudam... E não gosto de hierarquias também. É inacreditável como por breves momentos achei que podia ingressar na Marinha Portuguesa, foi de certeza um momento em que não estava na posse de todas as minhas faculdades.

Mas neste momento a minha grande luta é como é que eu vim parar à área da Segurança no Trabalho, como é que me ocorreu que eu seria a pessoa indicada para esta função. Eu que detesto obrigações e gosto de fazer as coisas à minha maneira e detesto fazer o que quer que seja só porque sim ou porque alguém diz. 'Tava louca garantidamente. 

Não me interpretem mal mais uma vez, eu sou óptima auditora, porque gosto de tudo certinho, alinhadinho e correcto, mas se eu não concordo com a Lei como é que posso fazer cumpri-la? Quer dizer o problema até não está na Lei o problema, como sempre, está no que as pessoas (ai está outra vez as pessoas) fazem com ela. Não percebo como se trabalha para "inglês ver" e não com o intuito de proteger os trabalhadores, que foi a única razão porque a Segurança no Trabalho surgiu.

Enfim ontem foi um dia mau, daqueles com desentendimentos esgotantes que me fazem ter vontade de jogar 100€ no euromilhões para poder largar isto tudo e fazer aquilo que realmente gosto de fazer. Não sei bem o que seria mas de certeza que metia viagens e escrever e de certeza que significava que tinha mais tempo para a família...

Hoje ainda não sei como será, mas provavelmente não será melhor. Mas quando chego a casa tenho dois putos carecas com um sorriso lindo à minha espera, e um copo de Gin com amoras ao final da noite que o meu homem prepara porque é multi facetado.

O sorriso? Continua aqui nos rosto como é óbvio. Keep smiling!  

 

Do Euro 2016

Em Setembro de 2005 entreguei o meu curriculum no local onde ainda hoje trabalho, para tentar uma vaga na minha área profissional e ainda por cima bem perto de casa. Acreditei que podia conseguir o lugar mas confesso que quando aconteceu fiquei muito surpreendida, nem queria acreditar na sorte. 

No domingo o sentimento foi o mesmo, como em tantas outras vitórias da vida. Acho que é uma coisa de Tuga.

Eu acredito sempre, porque temos de acreditar, mas vou lá sem esperar retorno, reconhecimento ou até mesmo sorte e isso é mesmo de Tuga. Lutamos, corremos atrás, trabalhamos que nos desunhamos (não todos confesso), reclamamos que ninguém reconhece, mas nunca esperamos que a sorte nos bafeje e ficamos surpreendidos quando ganhamos alguma coisa ou alguém nos dá os parabéns ou até mesmo reconhece o nosso trabalho. Se calhar é de ser do Sporting mas especialmente no desporto estou mais habituada a perder finais, sofrer golos injustamente, ficar em quarto e não ganhar medalhas, acabar em segundo, etc, etc.

No domingo, o futebol e o atletismo fizeram-nos acreditar. Fizeram-nos acreditar em Nós, Portugal, povo Português. 

Não é simples acreditar, como já disse acredito sempre mas fico sempre surpreendida quando consigo, parece um contra senso mas é verdade. 

Quando estudava que me fartava e tirava uma boa nota ficava surpreendida. 

Quando consegui o trabalho fiquei surpreendida. 

Quando reconhecem alguma das minhas qualidades fico surpreendida.

Quando comecei a escrever as fanfics em inglês e comecei a receber elogios à minha escrita, ideias e criatividade fiquei surpreendida.

Quando comecei a receber comentários positivos no blog fiquei surpreendida que alguém viesse aqui ler os meus devaneios e os achasse de valor. 

Acho que é mesmo uma coisa de Tuga. É o nosso Fado.

É o nosso Fado perder na final.

É o nosso Fado trabalhar muito e receber pouco, quer dinheiro quer reconhecimento.

É o nosso Fado aceitar que os bons partiram para o estrangeiro e os que ainda não foram, irão em breve.

É o nosso Fado ser sancionado pela UE, porque somos pequenos e não somos bons o suficiente. 

A questão é que não somos pequenos, somos bem maiores do que pensamos.

A questão é que não somos bons, somos óptimos.

Somos 11 milhões de crentes que precisam de reconhecer que sim nós merecemos ganhar, merecemos reconhecimento, merecemos sorte e merecemos conquistas.

O dia 10 Julho de 2016 é a prova do que o povo português é capaz, com muito menos (recursos, dinheiro, etc) que a maioria.

Temos de aprender a aceitar que somos mais, que somos grandes e que podemos, claro que podemos alcançar grande reconhecimento.

Parabéns a Nós! 

Coisas #14

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1 Coisa: Isto do verão é do caraças, os dias são enormes, o calor faz preguiça e a mim apetece-me tudo menos trabalhar.

 

2 Coisas: Este fim de semana eu e o homem constatámos uma coisa. Podíamos viver na boa, pelo menos durante o verão, de festivais e street food e cerveja em copos de plástico. Andar por aqui e por ali com os putos a tira-colo... houvesse dinheiro e era já ontem.

 

3 Coisas: Isto do Mini ter os fins de semana prolongados é muito giro, mas depois no dia que tem de regressar à escola a coisa doí...

 

4 Coisas: Há dias de praia magníficos e domingo foi um deles. Saímos de lá às 9 da noite.

 

 

5 Coisas: Começar a semana com uma aula de Yoga é das minhas melhores terapias.