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Crónicas de uma Vida Pouco Privada

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Disto de ser mãe #6

Disto de Ser Mãe passou a rubrica, tenho sempre muita coisa para dizer acerca do assunto...lol

 

Adoro ser mãe, sempre foi sem dúvida um desejo. Julgo que a minha relação com a minha irmã é um pouco estranha (para não dizer outra coisa), exactamente por sempre ter assumido um papel demasiado maternal com ela.

Quando era mais nova achava que queria ser mãe aos 25. Quando os 25 chegaram, estava longe de querer engravidar ou mesmo estar preparada para isso. O tempo passou e chegámos a uma altura em que eu só pensava no assunto. Quando finalmente achámos que a altura tinha chegado eu estava nos 30. O Gabriel nasceu e uma semana depois fiz 31 anos. Não sei se foi tarde, se foi cedo, nem quero realmente saber. O que interessa é que adoro ser mãe. 

Mas... sim há sempre um mas, quando olho à volta tenho sérias dúvidas onde me situar nesta coisa da educação, maternidade, parentalidade, etc. 

Cada vez há mais informação disponível e cada vez há mais gente a seguir movimentos educativos diferentes e muitas vezes quando olho para a nossa família questiono se estamos ou não a ser bons pais (e sim eu sei que esta dúvida nos vais assombrar por muito mais tempo do que aquele que gostamos de admitir).

 

Hoje o tema é vacinação.

Quando o Mini nasceu, era relativamente próxima de uma rapariga que dava aulas de baby yoga e fazia preparações para o parto e afins. Éramos amigas e acompanhei o trabalho dela, tentando respeitá-lo o melhor possível, mas confesso que havia muita coisa que a movia que não era de todo semelhante à minha ideia de educação e parentalidade. No dia que ouvi a forma como repudiava as vacinas, comecei a afastar-me. Não queria criar ali uma clivagem desnecessária. As nossas vidas já caminhavam em direcções opostas há algum tempo, por isso acabou por passar despercebido. Mas fez-me pensar muito, a forma como ela rejeitava por completo as vacinas.

Eu fui vacinada, e vacinei os meus filhos, através do plano nacional de vacinação e todas as sugestões da Pediatra. A principal razão porque o fiz, foi porque acredito na medicina actual e não tenho razões para não acreditar, apesar de reconhecer que há casos que poderão questionar a minha crença e apesar de achar que a homeopatia por exemplo é uma grande ajuda na cura, se usada em conjunto com a medicina tradicional. A outra razão foi a minha consciência, sim, a minha consciência. Nunca me passaria pela cabeça não vacinar um filho meu, sabendo que um dia ele poderia contrair uma doença que poderia ter sido evitada por uma vacina ou até mesmo contagiar outros por não o ter feito. A minha principal questão é, como é que eu iria "dormir à noite" sabendo que a minha opção de não vacinar traria problemas de saúde aos meus filhos e aos seus pares. 

Por isso, apesar de respeitar, com alguma dificuldade (confesso), a opção de não vacinar, questiono-me sempre como é que os pais que decidiram pela não vacinação conseguiram ultrapassar esta situação. 

Eu sou aquela mãe que não manda o filho para a escola, porque tem febre e se tem febre pode ter algo contagioso. Eu não dou ben-u-ron de manhã antes de sair de casa e depois atendo o telefone incrédula quando ligam da escola às 15h a dizer que o meu filho está com febre. Logo não consigo assimilar como se decide não vacinar e viver relaxado com isso. O Micro esteve doente e por momentos eu achei que podia ser Sarampo, mesmo ele estando vacinado. Para mim era impensável.

Se acho que o Plano Nacional de Vacinação deve ser obrigatório? Não, não acho, acho que cada pai deve ter o direito de escolher, mas por favor, sejam conscientes e informados, não tomem uma decisão destas, que implica com a vida dos vossos filhos e dos filhos dos outros, baseando-se apenas em crenças e novos movimentos educacionais coerentemente questionáveis. 

 

 

 

 

Das Novas Tecnologias Outra Vez

Hoje li algures, que o Parlamento Europeu está a apelar à não partilha de notícias sem ler. Segundo o PE, cerca de 60% das notícias são partilhadas sem ser lidas, disseminando assim o fluxo de notícias falsas de uma forma extraordinária que obviamente tem danos sérios associados.
Mais uma vez perdi-me nos meus pensamentos sobre este assunto e os seus associados. 
É assustador, repito, assustador a forma como as pessoas, usam e vivem através das redes sociais e da internet em geral.
Mais de metade do que lemos nas redes sociais não é real, desde notícias, posts individuais, fotos manipuladas, vidas imaginadas que gostamos de acreditar que são vividas, relacionamentos que não acabaram e outros que nunca chegaram a começar, comentários maldosos ou até mesmo completamente ignorantes (para não dizer pior) entre mais um sem fim de irrealidades.
Tenho perfil em várias redes sociais, uso-as maioritariamente como divertimento e recolha de informação, no entanto, cada vez mais, questiono tudo o que vejo e leio. 
E a questão principal está aqui, eu questiono, mas pelo menos 60% dos utilizadores não questiona, e vive vidas que não são suas, sofre por pessoas que não existem, discute com amigos que nunca viu, fica triste com situações que não aconteceram e fica feliz com vidas que nunca se juntaram.
Vivemos uma época estranha, mas que me assusta. 
O mundo virtual tomou conta do mundo real e há muito mais gente a preferir viver no mundo virtual que no mundo real.
Eu não me excluo-o, eu gosto do mundo virtual, escrevo e publico no mundo virtual, recebo feed back do que escrevo no mundo virtual, tenho amigos virtuais, poucos mas tenho, tenho amigos reais (daqueles que valem a pena) que mantenho mais contacto graças ao mundo virtual, sei de eventos e espectáculos que quero assistir pelo mundo virtual, vejo series e filmes pelo mundo virtual, até faço parte de um Clube do Livro virtual, que me trouxe de volta o ritmo da leitura (leio um livro real, mas também leio livros virtuais), que me dava tanto gozo e estava a ficar esquecido. 
Isto para dizer que sou totalmente a favor de tudo de bom que o mundo virtual nos pode trazer, e são tantas as coisas boas que podemos tirar desse mundo, mas assusta-me a forma como, estamos a esquecer-nos que existe um mundo real, com pessoas reais, com sentimentos reais, para além da tela do portátil, tablet ou smartphone.
Vivam uma vida real pessoas e usem o mundo virtual com bom senso e respeito!
 

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Coisas #29

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1 Coisa: Chegou aquela altura do ano em que não faço puto de ideia acerca do que vestir. Há pessoal de manga curta, calção e chinelo, que eu questiono o que vai vestir no verão quando fizer realmente calor e há pessoal que ainda usa botas de cano alto e camisolas de malha grossa e ando aqui meia perdida recorrendo aos botins e camadas de camisolas finas.

 

2 Coisas: Entretanto também nesta altura do ano, podia andar de escafandro, porque os poléns estão tão elevados que quando inspiro quase que entro em insuficiência respiratória.

 

3 Coisas: O Mini agora quer sempre ajudar-me na cozinha. Entretanto já descasca cenouras com o descascador e ajuda a pôr e a tirar a mesa, nos dias bons. 

 

4 Coisas: Três semanas depois, o Micro voltou à escolinha, e uma amiginha da sala quase chorou de emoção quando o viu. Imaginem dois pirralhos num abraço apertado como dois amigos que não se vêm há anos! Adorei!

 

5 Coisas: Apetece ir de férias, irrita-me sempre um pouco esta cena das férias da Páscoa que só 10% da população consegue gozar ou será que é 10% que não conseguem gozar?????