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Crónicas de uma Vida Pouco Privada

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Coisas #30

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1 Coisa: Gostava de saber porque é que os miúdos ultimamente acham que nós, transeuntes, temos de ouvir a mesma música que eles. Agora a moda é ouvir música pelo telemóvel sem auriculares. Clinicamente acho excelente, porque sem dúvida que é uma melhoria para a saúde dos ouvidos, mas para quem passa pela rua, é um bocadinho desagradável. E depois surge a questão que debatíamos no outro dia, entre amigos, onde acaba a nossa liberdade e começa a do vizinho. Eles estão no pleno direito a ouvir a musica que quiserem onde quiserem, mas eu não tenho de ir para o trabalho, na via publica, a ouvir um rapper qualquer a maldizer a vida! (Sim eu sei que perco muito tempo a pensar em coisas pouco importantes :P)

 

2 Coisas: Porque é que passamos tanto tempo a lutar por igualdade de direitos e depois somos os primeiros a discriminar.

O Mini fez durante muito tempo xixi sentado na sanita, o que era magnífico porque não tinha de andar atrás dele sempre a limpar tudo. Mas é claro que tinha de haver uma alma a estragar o meu magnífico arranjo e explicar muito "intelegentemente" ao miúdo que quem faz xixi sentado são as meninas, os meninos têm fazem xixi de pé. A pobre da criança agora luta para agarrar o órgão para não sujar o tampo todo porque eu já o avisei que se sujar limpa. Ah somos todos iguais, somos todos iguais, mas tu não podes fazer xixi sentado porque as meninas é que fazem... Por favor pessoas, decidam-se. É isso e é as camisolas cor de rosa serem só para meninas.

Mais uma vez, ensinamentos que a família tão bem estruturou e planeou totalmente destruídos pelos pares, sempre tão prontos a ajudar...  

 

3 Coisas: A minha máquina de lavar loiça avariou, e eu passei-me. É que eu gosto tanto, mas tanto de lavar loiça que nem escorredor de loiça tenho... Prevê-se uma semana de muita comida tipo "one pan dish" e talvez a utilização de pratos descartáveis!

 

4 Coisas: Estamos a renovar o jardim, porque a nossa relva não era muito apreciadora do verão, deve ser por ter sido comprada no norte do país, preferia o frio. Entretanto optámos por relva artificial. Acho que vai ficar giro e sem dúvida vai dar muito menos trabalho.

 

5 Coisas: Entre sexta passada e hoje já passei pelas quatro estações do ano. Em conversa com uma amiga, ela sugeriu que a mãe natureza podia estar a entrar na menopausa! (Sim ainda há gente mais avariada que eu por ai!)

 

Da Eurovisão

Desde miúda que acompanho a Eurovisão, há já bastante tempo que as músicas que levamos a concurso não me entusiasmam. Ainda sei de cor, o "Amor de Água Fresca", a "Cidade até ser dia", entre outras. Mas nos últimos anos houve pouca coisa que me entusiasmasse. 

Este ano quando ouvi a música que ganhou cá, achei que ela primeira vez em muito tempo, tínhamos uma canção como deve ser ser, mas a maioria das pessoas à minha volta achou que a canção era mole e uma seca. E eu apesar de ter gostado muito, achei que não era canção de Eurovisão.

E afinal era canção para a Eurovisão, e confesso que não estava há espera, mas desde a primeira vez que o ouvi cantar que me emocionou muito e ouvir o nome do nosso país ser prenunciado em tantas línguas ainda me emocionou mais. Foi tão, mas tão bom!

 

Obrigada Luísa e Salvador, foi muito bom ver Portugal na boca do mundo outra vez.

 

 

Em dias assim, sinto um orgulho enorme em ser portuguesa. Especialmente porque "Amar por os Dois" e a interpretação do Salvador reflecte exactamente aquilo que a maioria dos portugueses são. Simples e despretensiosos. 

Do Dia da Mãe

Entre risos e gargalhadas, choros e birras, muitas dúvidas e poucas certezas, muitos abraços e beijos doces, noites mal dormidas e manhãs apressadas, ser mãe foi a maior aventura que decidi viver e saboreio cada minuto, cada abraço, cada palavra, cada conquista, cada vitória, cada insegurança, orgulhosa e de coração cheio, tal como primeiro, a minha mãe fez comigo!

 

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Dois Anos de Micro

O tempo passa a correr e o piolho já fez dois anos.

Em 2015 chegou para nos mostrar que isto da maternidade não tem receita e que por mais livros que leiamos, movimentos que sigamos e concelhos que acatemos cada criança é diferente e cada fase em que cada criança entra nas nossas vidas também é diferente.

Eu sei que fui uma mãe diferente para o Mini e sei que cedo mais com o Micro. Quando era só um tínhamos mais tempo, mais disponibilidade e mais capacidade de resposta. 

A chegada do Micro obrigou-nos a priorizar as coisas e sem dúvida que o piolho é mais mimado que o irmão.

No entanto, também foi sempre um bebé mais mimoso, que gostava de estar no colo, ao contrário do irmão, que gostava de aconchego, ao contrário de irmão. Talvez por isso, hoje, nos dê abraços muito apertados por razão nenhuma.

O Micro ensinou-me a ser paciente, a ignorar birras, a oferecer leite sem aquecer, a receber abraços apertados, a aceitar que vou ter de continuar a levantar-me muitas vezes durante a noite e que apesar de os pais serem os dois morenos e normalmente resmungões, podem ter filhos loiros e sempre bem dispostos. 

Com dois anos, anda e corre com vontade, diz tudo, mesmo sem que nós entendamos uma boa parte, é guloso e quer provar tudo o que comemos, não gostava de fruta, mas bebe sumo.

É muito mais espertinho que o irmão e leva-nos todos onde ele quer sem grande esforço. Faz birras gigantes por coisa nenhuma, que começam tão rápido como acabam. Adora o irmão e diz que "gota" de todos lá em casa.

É demasiado decidido, dizendo que "na quei" quando não quer mais comida ou fazer determinada coisa que lhe pedem, pede desculpa com facilidade, mas ainda não empresta com vontade. 

Resolve tudo com abraços apertados e beijos babados e sempre que lhe pergunto o que está a fazer, especialmente se for asneira, responde prontamente "Não Mãe!". Mas apesar de tudo é muito menino da mamã e adora o colo da mãe e da avó.

É um puto lindo, sempre bem disposto, que passa a maior parte do tempo a rir, dançar e brincar sem se deixar afectar por grande coisa. 

O Micro ensinou-nos a todos que é muito fácil ser feliz!

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