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Crónicas de uma Vida Pouco Privada

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

De Camões, do Planeta Terra e dos Humanos

Luís Vaz de Camões morreu em 1580 e era um visionário que em 1572 mostrou ao mundo os velhos do Restelo, e hoje em 2018 tal descrição não podia ser mais adequada. Do alto do nosso sofá, em frente à televisão, devidamente munidos de um telemóvel ligado a uma qualquer rede social, somos todos melhores treinadores, melhores ministros, melhores bombeiros, melhores médicos, melhores professores, melhores presidentes, melhores gestores e melhores vitimas. (E eu escrevi "somos todos", logo não me estou a excluir desta afirmação.) No entanto na realidade, somos muito pouco, porque o melhor que conseguimos fazer é partilhar fotos de incêndios com emojis tristes ou escrever posts a destilar ódio contra este ou aquele ministro, esta ou aquela pessoa, esta ou aquela acção, resultando disso uma mão cheia de nada na realidade, só serve para inflamar ânimos e para trocar palavras desnecessárias entre desconhecidos. 

O Planeta Terra formou-se há 4,5 bilhões de anos, tendo a vida surgido um bilhão de anos depois, desde a sua formação passa por ciclos de gelo e degelo, que levam normalmente a extinções em massa e a "renascimentos" do planeta. A história geológica do nosso planeta mostra-nos evidências desses ciclos e dessas extinções. A idade geológica é uma escala completamente diferente da nossa e ás vezes difícil de entender, no entanto a verdade é que neste momento a Terra está num dos seus ciclos e nós vamos ser testemunhas das muitas alterações, fenómenos geológicos e atmosféricos associados. 

Os Humanos, segundo os cientistas, habitam a Terra há cerca de 350 mil anos. Julga-se que tenham adoptado um comportamento mais moderno há cerca de 50 mil anos. Achamo-nos tão bons que dizemos que estamos a destruir a mãe Natureza, sem pensar que será ela a destruir-nos a nós. 

O aquecimento global é uma realidade e sim os humanos aceleraram o ciclo de aquecimento da Terra. Nós podemos fazer muita coisa para minimizar o nosso impacto da mãe Natureza, mas nunca se esqueçam que um vulcão em actividade polui mais que quase toda a industria instalada e que os ruminantes nomeadamente vacas, poluem mais que todos os carros do planeta. 

Neste momento não está nas mãos do Homem parar o aquecimento global, atrasar ou minimizar o seu impacto sim, mas não parar, pelo simples facto de que se trata de uma acção decorrente do ciclo da Terra que por melhores que os Humanos sejam não vão conseguir travar. Com isto eu não quero dizer que não nos devemos preocupar, ou desleixar, nada disso, com isto quero dizer que temos de nos adaptar, mudar a mentalidade (lá estou eu a tentar o impossível outra vez, mas na minha óptica é a única opção). Os incêndios violentos vão continuar, as ondas de calor também, as cheias e os tornados também, as placas tectónicas estão a mexer por isso os sismos também vão continuar, cidades vão desaparecer e ilhas novas vão surgir, na Terra está a decorrer o seu ciclo normal (reforço que acelerado pela nossa utilização desenfreada) e a principal diferença entre os ciclos anteriores e o actual é que nós estamos cá a assistir.

Mas eu não vim aqui professar o fim do mundo, vim porque precisava de dizer que não mudamos nada quando vamos para as redes sociais criticar acções, pessoas ou decisões, vim porque a comunicação social explora o desespero das pessoas de uma forma vergonhosa, vim porque as redes sociais estão cheias de informação falsa e contraditória que toda a gente partilha incessantemente sem saber se está correcta ou não, vim porque todos somos culpados pelo que se passa nas nossas florestas mas nenhum de nós o quer assumir, vim porque não é por deixar-mos todos de usar plástico e andarmos a pé e sermos vegetarianos (não se esqueçam dos níveis de poluição associados à produção de arroz por exemplo) que o aquecimento global vai abrandar miraculosamente, mas acima de tudo vim porque nós temos de nos adaptar a estas alterações, temos de proteger a nossa floresta  e não é com bombeiros ou protecção civil, é com planeamento. Nos dias de hoje já não podemos viver isolados no meio de uma mata rodeados de árvores sem uma clareira de protecção, não é justo bombeiros colocarem as suas vidas em perigo porque alguém quer viver mais perto da natureza e por isso não protege a sua casa, não limpa terrenos, não faz caminhos...

Temos de mudar a nossa forma de viver, ser mais responsáveis com os nossos terrenos, com as nossas cidades, com o nosso lixo, temos de deixar de esperar que façam tudo por nós é tão simples quanto isso, e sim temos de mudar mentalidades. 

Desafio das 52 Semana - S31 (Quando não tenho nada para fazer gosto de...)

 

 

Semana 31: Quando não tenho nada para fazer gosto de...

... vegetar no sofá, mas é tão, mas tão raro.

  

Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Happy, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Marquesa de Marvila, a Mimi, a Paula, o P.P, a Sweetener, a Gorduchita  e o Triptofano 

Espreitem o que cada um de nós vai respondendo ao longo do ano também podem espreitar pelo tag  52 semanas.

Desafio das 52 Semana - S30 (Fico impaciente com pessoas que...)

 

 

Semana 30: Fico impaciente com pessoas que...

...não desenvolvem, falam, falam, falam e não dizem nada.

  

Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Fátima, a Happy, a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Marquesa de Marvila, a Mimi, a Paula, o P.P, a Sweetener, a Gorduchita  e o Triptofano 

Espreitem o que cada um de nós vai respondendo ao longo do ano também podem espreitar pelo tag  52 semanas.

Coisas #40

FotoJet Collage.jpg

1 Coisa: Sabes que estás a ficar meia tontinha quando vais jogar o lixo e paras pelo caminho a apanhar duas ou três embalagens que encontras pelo chão... (também faço isso na praia, acho que as pessoas já começaram a reparar...)

 

2 Coisas: Nesta altura do ano vemos sempre fenómenos extraordinários, especialmente da parte dos portugueses que vivem no estrangeiro, e não, não vou falar do quase francês que eles tentam falar. Desde jogarem-se às rotundas como se alguém lhe tivesse dado um cartão de prioridade em qualquer circunstância, passarem à frente nas filas porque têm pressa, a vir jogar embalagens no lixo (a reciclagem lá fora deve ser diferente daqui) em calção e soutien, já vi de tudo desde que o nosso querido mês de Agosto começou.

 

3 Coisas: Sempre disse para mim mesma que não queria viver ao pé de uma escola. Sempre que saía da escola e ouvia aquela gritaria toda pensava que devia ser horrível viver ali perto e estar a ouvir constantemente gritos de miúdos sem interrupção. Quando construíram o complexo escolar perto de minha casa, fiquei muito agradecida, mas sempre que passo lá à porta ainda penso o mesmo... "Fogo, ainda bem que não vivo mesmo aqui, acho que dava em maluca."

Eu adoro crianças, os meus filhos também são muito barulhentos, mas aquela gritaria de muitos miúdos juntos põe-me os nervos em franja, chamem-me fina se quiserem.

Ora isto tudo para dizer que vivo numa zona residencial, numa rua com quatro moradias, onde passam poucos carros, com horta atrás e à frente de casa, os únicos barulhos que costumamos ter são os cães (há dezenas de cães na zona, incluindo os meus), as galinhas da vizinha e as rãs da ribeira que passa ali perto, ao anoitecer. Quando decidiram abrir um centro de explicações na garagem da moradia ao lado da minha não me incomodei nada, porque eles estavam lá dentro e ninguém os ouvia. Mas os donos deixaram aquilo e alugaram. Hoje o centro de explicações é um espaço de ATL, com o seu pico de utilização nesta altura do ano. Conclusão: Gritos e apitos desde as 8h da manhã... Eu que adoro tomar o pequeno-almoço lá fora até tenho evitado, porque ouvir putos a gritar desenfreados às 8h da manhã não é propriamente uma boa forma de melhorar o meu humor matinal... Enfim sempre ouvi dizer que cada um tem o que merece... E nem vos vou falar de como é complicado entrar na minha garagem entre as 18h e as 19h...

 

4 Coisas: Eu sei que estou sempre a dizer isto, mas ver noticias neste país (se calhar nos outros também) é exasperante. A forma como se exploram os assuntos neste momento chega quase a ser nojento (peço desculpa mas é mesmo assim que vejo as coisas). 

Ora então tivemos uma onda de calor, e imaginem só... as chamadas para o INEM tiveram muito tempo de espera... Constatar o óbvio não é noticia senhores jornalistas. O jornal i até faz capa de uma suposta investigação acerca do "caos no INEM".

Pessoas, quando estamos com um alerta vermelho e temos uma situação extrema é normal que aumentem as chamadas para o INEM (especialmente porque continua a haver muita gente que não sabe o que fazer à vida por isso liga para lá porque lhe doí um dedo). E por mais que fosse perfeito o reforço de meios nestas alturas, todos sabemos que isso não é muito viável, muito menos com um estalar de dedos. Ver os jornalista explorar este assunto sem abordar a verdadeira questão é repugnante. Ver jornalistas a perguntar, a pessoas que têm o fogo às portas de casa, como se sentem é repugnante. Ver posts de Facebook, muitas vezes de pessoas que não estão em Portugal, a atacar tudo e todos é repugnante.

Ultimamente tenho vontade de me esconder nos livros e não sair deles, mas eu sei que há um mundo lá fora e por mais que eu tente não consigo não estar a par do que se passa nesse mundo. Mas confesso que cada vez é mais difícil escolher a fonte da minha informação.     

 

5 Coisas: O calor cedeu e já é possível respirar outra vez, e reforço, eu adoro o verão.

 

6 Coisas: Farte-me de comprar livros no OLX estes dias, acho que vou dar uma volta lá em casa e por uns quantos à venda também, só para fazer a coisa circular.