Cinco Anos de Mini
Há cinco anos atrás, depois de dois dias no hospital, fartinha de tudo e de todos, por volta da 01:25 da manhã, o Mini resolveu finalmente nascer. Feinho que dava dó!
Não, não me apaixonei perdidamente por ele no primeiro momento que o vi (nem nos seguintes!), e não foi por não ser bonito.
Não, não senti uma alegria imensa quando nasceu, senti mais alivio, cansaço e exaustão do que qualquer outra coisa!
Não, não foi de todo o melhor momento da minha vida, e posso confessar que na primeira noite no hospital, só me apetecia chorar e fugir dali, foi dos momentos em que me senti mais sozinha e lutei muito, comigo mesma, para ultrapassar esta estranheza que tinha dentro de mim.
E sim, como é óbvio, tudo isso passou e sou uma mãe orgulhosa de um puto giro de cinco anos, cheio de energia, com um coração enorme, uma cabeça complexa e muita teimosia tatuada na pele.
O Mini ensinou-me a amar de forma diferente, ensinou-me que há um amor maior de que toda a gente fala, mas que nós, só sabemos o que é, quando sentimos e vivemos a experiência.
O Mini tira-me do sério em vinte segundos e acalma-me no minuto seguinte. A sua teimosia faz-me entrar em modo besta de uma forma incrível, mas os olhos doces e arrependidos que me encaram quando lhe mostro o meu descontentamento (muitas vezes de forma demasiado agressiva), trazem-me à realidade com um estalar de dedos.
O Mini ensinou-me a ser mãe, uma mãe boa, má, péssima, paciente, irritada, magnifica, dependendo dos dias. (Na verdade ele é a minha sala de ensaios, onde testo as várias opções para obter melhores resultados, mas nem sempre sou bem sucedida!)
O Mini ensinou-me que nem todos gostamos de beijos e abraços, mas isso não quer dizer que não amemos quem nos rodeia.
O Mini ensinou-me que por mais que as escalas e tabelas digam o que cada criança tem de fazer em cada faixa etária, cada um tem o seu ritmo e não há mal nenhum nisso.
Mas mais que tudo o Mini ensinou-me que ser mãe é magnífico, entre os altos e os baixos é tudo incrível; ensinou-me que o amor de irmão mais velho é algo adorável de testemunhar e acima de tudo ensinou-me que ser mãe é uma aventura sem dia para terminar, onde as lágrimas e os sorrisos ocorrem a velocidades ilegais, mas que nos deixa sempre de coração cheio.
Parabéns meu amor!