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Crónicas de uma Vida Pouco Privada

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Dos Pearl Jam

Normalmente quando alguém me pergunta qual é a minha comida favorita, ou a cor favorita ou a bebida favorita, fico sempre na dúvida e tenho imensa dificuldade em escolher só uma, gosto de muita coisa e há alturas que gosto mais de umas coisas e alturas em que gosto mais de outras, mas quando alguém me pergunta qual a minha banda favorita eu sei a resposta. Pearl Jam, desde dos 15 ou 16 anos que é e provavelmente sempre será a banda do meu coração.

Comprei os bilhetes para o Alive'18 em Dezembro, achei um pouco loucura, mas o burburinho de que iam esgotar era tanto que acabei por comprar. Os R's reservaram uma casa em Janeiro, combinámos tudo e preparámos-nos para um fim de semana em Lisboa, com amigos, passeio e comidinha da boa, que quem nos conhece sabe para nós, é fundamental comer bem.

A minha avó teve um avc dia 8 de Março deste ano e desde essa altura estava no hospital. Nunca mais me lembrei do concerto até que começaram a bombardear-nos com publicidade na televisão. Nessa altura percebi que havia fortes probabilidades de não conseguir ir, no inicio de Julho a minha avó piorou significativamente e sabia que a minha mãe não ia estar com cabeça para ficar dois dias com os miúdos e ir a vir do hospital com o meu avô a não aceitar o facto de a minha avó estar a morrer, infelizmente devagarinho.

No dia 11 despedimos-nos dela, no dia 13 de manhã foi o funeral e no dia 13 ao final do dia, saí em direcção a Lisboa, com os amigos de sempre que me apoiaram desde do primeiro minuto.

Porque é que fui ao concerto no dia a seguir ao funeral da minha avó, podem perguntar vocês. Porque ir ou não ir já não fazia diferença nenhuma para ela, porque ela queria sempre que eu aproveitasse os bons momentos e detestava saber que estava a atrapalhar a minha vida, porque a minha mãe não me permitiu não ir, porque o meu homem sabia como me ia sentir se não fossemos e porque toda a gente sabia que eu queria muito ver aquele concerto. Por isso tudo, eu fui.

E foi indescritível, talvez por estar um pouco anestesiada de todo o peso dos dias anteriores, talvez por os últimos meses terem sido tão difíceis, talvez por estar cansada de toda a confusão à minha volta, o concerto foi para mim quase como uma terapia. 

Ficámos longe e vimos o Eddie Vedder de longe, mas na verdade não tinha feito diferença se tivesse visto de perto, porque mais de metade do concerto estive de olhos fechados, como se a voz dele e as melodias fossem um qualquer mantra recuperador.

Adorei cada instante, sei que para muitos o facto dos ecrãs estarem a emitir a preto e branco não foi bom, porque estávamos longe e convinha ver tudo um pouco mais real, mas eu adorei todo aquele espectáculo, o jogo de luzes, os ângulos e detalhes de filmagem, as sombras, os pormenores, adorei tudo e sim eu tenho uma queda grande pelo B&W por isso sou suspeita, mas para mim foi tudo bonito, classy, não estava à espera. 

No final só tive pena de eles não terem cantado mais umas músicas, sei que eles queriam, mas a organização não deixou, afinal era um festival, não um concerto dos Pearl Jam.

O Eddie Vedder como sempre arrasou, não sei como ele é noutros países, mas em Portugal o homem vibra a tentar falar português e deixa-nos sempre com a sensação que adora isto. 

O Matt Cameron deu espectáculo como sempre na bateria, com a sua t-shirt de homenagem a Chris Cornell.

O Mike McCready está velho, mas calou toda a gente com os seus solos de guitarra incríveis.

O Jeff e o Stone, como sempre nunca desiludem. Acho que o Jeff é o único que parece que não envelhece, também acho que é o mais novo deles todos.

Adorei cada minuto, adorei a companhia, adorei o B&W e nunca pensei que me sentisse tão bem depois de tudo o que vivi nos últimos meses. Obrigado Pearl Jam, obrigado meu amor por me obrigares a ir, obrigado aos amigos que me acompanharam e àqueles que gostava que me tivessem acompanhado, muito obrigado R's por estarem lá comigo. Sou uma gaja cheia de sorte.

 

Nota: Fiquei fã de Franz Ferdinand, eles dão um concerto altamente, recomendo.

 

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De Mais umas Mini-Férias

Visto ser um dado adquirido de que as nossas férias passaram a ser mini, o melhor é mesmo aproveitar.

Desta vez fomos ver os avós paternos e como o chefe do meu Homem não sabe estar quieto acabámos por passear por Braga também.

Depois de assistir ao Carnaval no sábado, no Domingo de manhã seguimos rumo a Santarém para a tradicional paragem para refeição, desta vez almoço. Tenho que confessar que estas viagens não seriam tão boas se não tivéssemos sempre tantas paragem estratégicas.

Quando chegámos a casa dos avós paternos, ao final do dia começou a chover e assim se manteve durante todo o nosso período de férias.

Vimos o Carnaval da terra, bem popular e talvez apenas perceptível para quem lá vive, vimos neve na serra, de longe, lemos, brincámos com os primos, comemos muito bem e a meio da semana, seguímos para Braga, porque o Homem tinha de ajudar os colegas do novo Hotel do grupo, com o sistema de reservas novo.

Em contra-partida tivemos direito a duas noites no hotel com pequeno-almoço, para os quatro.

Como o tempo estava tão inserto, acabámos por passear pouco, mas do que vi gostei. Braga é muito bonita, come-se bem e barato e vale a pena a visita sem dúvida.

Os miúdos adoram a cena de ficar no hotel, especialmente quando chegam ao quarto e vêm que lhe fizeram a cama, com os peluches deles. Acabou por ser giro, no entanto, não é simples aguentar dois putos fechados num quarto de hotel, por isso quando a asneira começava a aumentar saímos mesmo que fosse com ameaça de chuva. Ainda apanhámos uma molha, mas ao de leve. 

Em resumo li muito, escrevi, vi séries e filmes, brincámos juntos e vagueámos por Braga, como se não fossemos turistas, mesmo como eu gosto.

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Ainda regressámos a casa dos avós paternos para mais uns dias de mimos dos avós e no sábado fomos para casa dos padrinhos do Mini, mais uma paragem obrigatória, que me faz sentir já em casa. 

Adoro os rápidos momentos que passamos os sete, sim porque já somos sete, só é pena ser sempre tão pouco tempo. Adorei o pequeno D, que sorria para nós surpreendido por ter a casa cheia e o Mini e o Micro cheios de mimos para lhe dar. Foi tão giro vê-los juntos. Adorei ver a minha amiga tão feliz e centrada nesta nova fase da vida. Amava que vivêssemos mais perto. São daqueles que me fazem falta.

Chegámos a casa bem tarde, no domingo, porque estivemos com eles até ao limite. 

E na segunda voltámos à realidade, as mini férias passaram a correr, mais uma vez, mas como é óbvio é melhor mini do que nenhumas, por isso venham mais minis.

 

Do Nosso Fim de Semana

Este fim de semana, fez sol finalmente!

Andava a ressacar de uns dias assim, solarengos, mornos, preenchidos e cheios de actividade.

Fizemos de tudo um pouco, arrumações, limpezas, pinturas, almoços com os melhores amigos, passeios pela cidade, passeios pela praia, jantares românticos. No final do dia de domingo passámos de uma tarde de verão para um final de dia de inverno e fugimos para casa porque estava a ameaçar chover, como se pode ver nas fotos. Mas foi excelente na mesma.

Foi óptimo. Venham mais assim.

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Coisas #24

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1 Coisa: No sábado falei com a A e o R por Skipe. Foi giro, mas continuo com saudades e com vontade de pegar no D ao colo.

 

2 Coisas: É espantoso como o Mini têm evoluído nos últimos tempos. Hoje quis levar uma locomotiva a vapor que lhe ofereceram no Natal, para a escola. Disse-lhe que sim, mas que tinha de ficar na mochila porque os outros meninos provavelmente iam estragá-la e ele concordou, mas quando chegámos a educadora estava a dizer que os meninos podiam comunicar o que quisessem e ele vira-se para mim muito entusiasmado: "Mãe a Isabel está a dizer para comunicar, vou comunicar sobre a minha locomotiva, porque é a vapor!" E desapareceu pela sala adentro. 

Há dois meses só me largava depois de trinta abraços e beijos e ficava à entrada por uns 10 minutos.

 

3 Coisas: O Micro passa o dia a dançar, dança com a música do rádio, com música ambiente nos vários locais onde vai, com música da publicidade na televisão. Passa o tempo a abanar a anca e de braço no ar. Adoro!

 

4 Coisas: Hoje está um dia de sol magnífico finalmente.

 

5 Coisas: Há uns dias em conversa com alguém, apercebi-me de que não usava anéis, fios e afins desde o final do verão do ano passado. Por mais que mantenha a cabeça erguida e tente levar tudo na boa, há pequenos detalhes que ficam para trás, e eu tenho fica para trás, não vou ao ginásio desde novembro e ao Yoga também. Quero voltar mas acho que ainda não me sinto totalmente pronta, mas estou quase. Hoje já usei anéis ;) Baby Steps!

 

Das Nossas Mini-Férias em Barcelona

Cada vez mais as nossas férias são assim para o mini. Temos de pensar que esta é a nova realidade e aproveitá-la e pronto.

O W casou e convidou-nos óbvio.

Mas era em Setembro e o Homem não pode tirar férias em Setembro, quer dizer não deve, por isso tirou recuperações.

O meu pai estava no hospital e a minha vontade de sair de perto de casa era próxima de zero, mas já tinha comprado bilhetes e já tinha pago  hotel(apartamento).

Depois de muitas conversas mentais comigo mesma, depois de muitas dúvidas e incertezas e de chorar umas quantas vezes, decidi, com muita culpa à mistura que íamos, tal como tínhamos combinado sem os miúdos, curtir e conhecer Barcelona. Nós, os R's adultos e a C e o J com o seu pequeno que se portou à altura.

Viajámos de Sevilha porque era bem mais barato. Ás 8 da manhã estávamos em Barcelona e foram 4 dias óptimos.

 

 

 

O nosso apartamento era perto do centro. Não era excelente mas servia perfeitamente para nós. Tinha varanda o que o tornava muito agradável e estava perto de tudo.

Andámos quilómetros, vimos quase tudo o que há para ver em Barcelona por fora, por dentro já foi mais complicado porque havia uma festa que tornou a cidade numa bolha de gente, com filas para todas as atracções. Imagine-se que para vermos a Sagrada Família (para nós Capela Sistina) na quinta-feira só era possível comprar bilhete para a segunda-feira seguinte.

Barcelona é muito bonita, tem uma luz muito agradável, uma magia diferente das cidades espanholas que conheço. É uma cidade enorme também, cheia de gente e de tradições que saltam à vista.

Comemos sempre muito bem, pelo meio da cidade velha essencialmente. 

 

 

 

 

 

Conhecemos finalmente a Champanheria que o W tanto falava, porque a despedida de solteiro dele começou lá. Fizemos o tour da morte, onde basicamente o objectivo é beber até cair. Voltámos para casa a pé para curar. Foi em grande.

 

 

 

 

 

 

 

O casamento foi muito giro, no jardim de um Hotel, com a chuva a ameaçar e com direito a festival de relâmpagos no final da tarde.

Depois do jantar dançámos até cair e voltámos para "casa" no autocarro que os noivos providenciaram.

Foi um casamento muito emotivo, provavelmente por ele estar longe de casa. Adorei estar lá, e tenho a certeza que apesar da culpa, tomei a decisão certa.

Não foi sempre magnifico para mim, confesso que houve momentos em que engoli em seco, mas ainda bem que fui e que correu tudo bem.

Venham mais férias, mesmo que curtas e Barcelona nós vamos voltar porque a "Capela Sistina" estava fechada e eu quero ver aquilo por dentro.

Coisas #22

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1 Coisa: O Mini agora desenhar máquinas, máquinas para fazer de tudo um pouco. Não sei bem o que pensar sobre o assunto.


2 Coisas: Temos uma pequena árvore de Natal no quarto dos miúdos e o Micro aponta para ela sempre que as luzes piscam. Eu digo-lhe que é a árvore de Natal e ele repete "tatau"... Não sei bem se era isto que ele queria dizer...


3 Coisas: Cada vez gosto mais da minha cidade na altura do Natal. Este ano estamos ainda melhores que no ano passado e fico muito orgulhosa ;)

 

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4 Coisas: Conheci o D, amei. É um fofo sorridente, com uns pulmões bem desenvolvidos. Os pais estão aprovadíssimos. Adorei ver alguém tão importante para mim tornar-se mãe. Uma mãe serena, atenta e carinhosa. Adorei! O Mini adorou ter os padrinhos por perto. Em resumo, foram 4 dias excelentes e sem duvida devíamos morar mais perto, eles fazem-nos falta.

Do Regresso a Casa

Uma das melhores coisas de ir de férias (e sim eu vou fazer um post sobre as férias) é o regresso a casa. Especialmente quando não levamos os miúdos connosco.
Tinha saudades deles, do cheiro, dos gritos, dos beijos, de tudo, além disso adoro chegar a casa e voltar a dormir na minha cama, é assim uma coisa que me faz sentir reencontrada.
Desta vez o regresso tinha muitas coisas boas. 
O meu pai já tinha tido alta e estava em casa. O Micro já andava destemidamente por todo o lado. O Mini contou os dias para regressarmos a casa. Tudo coisas que nos fazem sentir amados e felizes.
No domingo resolvemos passar o dia com os R's porque ambos os putos, os deles e o meu, estavam a ressacar de saudades uns dos outros. E como compensação por termos ido de férias sem eles (sim porque nestas coisas, a culpa nunca nos larga) passámos a tarde juntos, na praia, não a fazer praia, mas na praia, um dos nossos sítios favoritos e acabámos em nossa casa a jantar pizza e sushi.  
Depois de lanchar-mos fomos dar um passeio junto ao mar e o cenário era este.
 

 

E nesse passeio senti-me uma mulher cheia de sorte que tem tanto tão bom à sua volta que não tem razões para se queixar. Sem duvida que recarreguei baterias para tudo o que ai vem, seja bom ou mau. Este cenário tem sem dúvida poderes curativos.

E ser testemunha do crescimento da amizade dos R's e dos meus filhos é algo que me enche o coração, de uma forma difícil de explicar.

Só por um regresso destes vale a pena ir de férias, mesmo sejam curtas como as nossas foram.