Das Novas Tecnologias Outra Vez
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Ultimamente o Mini assim que chega a casa pede o meu tablet para jogar um jogo de dragões que ele adora (e eu também gosto vá), entretanto assim que o pai chega e porque normalmente já fez tudo o que tinha a fazer no jogo dos dragões, pede o telemóvel do pai para jogar um jogo de skates que também adora. Só o deixamos ter um jogo em cada aparelho e quando quer outro jogo tem de desinstalar aquele que costuma jogar, no entanto comecei a achar que o vício estava a tornar-se demasiado evidente, e quando não o deixamos jogar pede para ver um filme, mais um vício.
Como medida preventiva achei que devia de implementar algum tipo de regra para que pudesse jogar. Assim escolhemos uns quantos livros de actividades e desde o inicio da semana, quando chega a casa só pode jogar se primeiro fizer algumas actividades dos livros que escolheu (escolheu um para cada dia). Confesso que está a correr bem, vamos ver até quando, mas também aproveitei para criar a rotina de ter a responsabilidade pós escola, já que por mais que não concorde com os trabalhos de casa eles vão existir e é melhor que assim sem se aperceber se vá habituando a este tipo de actividade.
Na verdade eu não o posso censurar, lá em casa somos todos um pouco viciados em novas tecnologias, tanto eu como o pai, usamos muito o computador, tablet e internet.
Eu vejo séries a toda a hora e falo com montes de gente online, tenho grupos de amigas com quem mantenho contacto pelo menos semanal pelo WhatsApp, falo pelo KIK com estrangeiros com quem escrevo uma história online, tenho o blog, até no Facebook tenho grupos com quem falo regularmente. É mau? Talvez, mas temos todos de admitir que nos mantêm mais próximos, não conseguiria acompanhar o crescimento dos filhos dos meus amigos sem este tipo de contacto.
Na realidade acabo por me sentir mais próxima destas pessoas, porque partilho com elas pequenos momentos que não conseguiria fazer sem estas plataformas. Muitas vezes este tipo de relação também nos ajuda nas relações diárias, falamos com aquele amigo que está mais longe mas sabe bem como nos alegrar ou desabafamos com aquela pessoa que até só conhecemos online por isso não temos vergonha de reconhecer certas coisas, recebemos um comentário no blog que nos faz acreditar que o que escrevemos vale a pena, recebemos uma foto do bebé da nossa amiga que nos faz sorrir. Tudo isto é real apesar de ser online.
Acabo por ser mais expressiva nos meus sentimentos online também. É muito mais fácil para mim dizer que adoro e que gosto muito com emojis do que cara a cara. Quando estou com alguém acho que falo mais com abraços e sorrisos e olhares do que com palavras, no entanto é mais fácil para mim dizer que não gosto ou que não concordo cara a cara do que online. Sim eu sei que sou uma pessoa estranha.
Isto tudo para dizer que não me espanta o vício do Mini no tablet e no smartphone já que eu também sofro do mesmo. No entanto não acho que seja uma coisa má. Tenho me apercebido que estou mais online durante a semana e ao fim de semana desligo um pouco, aliás muitas vezes desligo de todo. Porquê? Porque tenho os meus ao pé de mim, e eles precisam de toda a minha atenção.
Desta forma apesar de reconhecer o meu vício, acho que para já tenho a coisa controlada e por isso tentei controlar a situação relativamente ao Mini também. Vamos ver como corre!
Por mais que não queiramos admitir, por mais que digamos que não utilizamos, os smartphones e as suas app's mudaram a nossa vida. A maioria das pessoas já não vive sem elas e há muita gente que vive para elas.
Confesso que sempre me interessei por tecnologia e sou fã das modernices que vão surgindo. Ainda ontem actualizei o meu windows phone para o windows 10 e estou completamente maravilhada.
Sei que há muitas consequências negativas na massificação da utilização de smartphones, mas temos todos de admitir que este novo mundo que tem a internet como apêndice nos permite coisas que antes eram impensáveis.
Actualmente além do vulgar messenger do Facebook, utilizo mais duas app's de mensagens diariamente e ambas me permitem manter amizades que de outra forma seriam garantidamente mais frágeis.
O WhatsApp tornou-se a minha principal forma de comunicar com pessoas de rede diferente da minha. E permitiu uma coisa magnífica que foi manter grupos de amigos em contacto.
Actualmente tenho quatro grupos que utilizo quase diariamente. Consigo manter contacto com o que sobrou da família da universidade, com a família da dança, com as madrinhas da M e com a professora de Yoga. Muitas destas pessoas estão a muitos km de distância de mim, algumas até fora do país. Desde que utilizamos estes grupos estamos muito mais próximas e digam o que disserem fez-nos bem e é muito bom ouvir as vozes delas e ler as respostas às nossas conversas.
Mais recentemente e associado ao desafio de escrita que me propuseram instalei também o KIK, aparentemente muito popular no States. Nessa app falo com cinco raparigas de idades, países e profissões completamente diferentes, mas incrivelmente próximas umas das outras pela partilha que conseguimos manter através das conversas que mantemos na app.
Por tudo isto, e não esquecendo o Skype que permite ao Mini ver os primos e avós que estão longe e falar com os padrinhos quando está bem disposto, acho que não podemos deixar de admitir que as novas tecnologias, entre alguns aspectos negativos, permitiram reforçar amizades e estreitar distâncias nas nossas vidas.
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