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Crónicas de uma Vida Pouco Privada

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Espaço dedicado à vida pouco privada de uma família de quatro, mãe, pai, mini e micro, gerido pela mãe que tenta não se esquecer de ser mulher e companheira quase todos os dias...

Disto de ser mãe #11

Mudando um pouco de temática relativamente ao post anterior, mas não fugindo muito, quero dizer que tenho muito orgulho nos meus putos.

Tenho a sensação que ando sempre zangada com eles, que parece que andamos sempre às turras e que eles nunca fazem o que lhes digo, mas a verdade é que quando vou às reuniões da escola e oiço o que as professoras têm para dizer, apercebo-me que talvez a coisa não esteja tão má assim. 

O Mini entrou este ano para o primeiro ciclo, e não podia estar mais satisfeita, na verdade o miúdo integrou-se perfeitamente, faz os trabalhos de casa na biblioteca da escola enquanto espera por mim, a maioria das vezes e teve muito bons resultados no final no primeiro período. Apresenta boa capacidade de aprendizagem das letras e um raciocínio muito bom a matemática, as artes não são a praia dele, mas isso eu já tinha percebido. Confesso que fiquei muito feliz por o ver tão bem integrado nesta nova realidade, fiquei apenas um pouco preocupada com as pequenas obsessões dele, ele é um pouco OCD como eu e sei de experiência que isso nos trás alguns dissabores ao longo da vida. 

O mais novo também mudou este ano. O Micro entrou para o pré-escolar e apesar de achar que ele não ia adaptar-se muito bem, porque é mais mimalhinho, na reunião de final de período com a professora, percebi que afinal, aquelas vergonhas do início do dia, dispersavam rapidamente e que surpreendemente o miúdo ajuda muito os colegas e a equipa da sala, arruma tudo o que utiliza e é um miúdo muito interessado. Ora quando eu em casa lhe peço para arrumar alguma coisa, ele responde que não pode porque está muito cansado ou muito ocupado, imaginem a minha surpresa.

Gosto muito da escola onde eles estão, gosto da equipa do pré-escolar e gosto muito da professora do Mini, apesar de achar que ela é um bocadinho exigente de mais com eles, no entanto para o miúdo esse nível de exigência correu bem por isso não podia estar mais satisfeita.

Em resumo, apesar das minhas dúvidas e inseguranças, de achar que muitas vezes sou uma nódoa como mãe e de me sentir uma besta quase todos os dias, nem tudo é mau e os miúdos na escola são uns bem dispostos, responsáveis e gostam de apreender. 

Três anos de Micro

Micro, a mostrar-me que não percebo nada disto de ser mãe, desde 2015...

No sábado passado festejámos os 3 aninhos do Micro, com direito a casa cheia e a uma chuva ao final do dia para abençoar os parabéns. A experiência que lhe oferecemos acabou por ser a ida ao Badoca, a convite dos padrinhos, que não foi planeada mas que correu muito bem. ( E que contarei em detalhe noutro post).

O Micro tem uma personalidade forte, é muito birrento e ao contrário do que escrevi no ano anterior já não pede desculpa com muita facilidade. 

O Micro continua a mostrar-me que não são só os recém nascidos que acordam de noite, que coisas que foram simples com o irmão, como deixar de beber leite durante a noite, deixar a fralda para dormir ou mesmo deixar a chupa, podem não ser tão simples com todas as crianças. 

Mas acima de tudo, surpreende-nos quase todos os dia, com os seus comentários de menino grande, com os beijos e abraços generosos, com as gargalhadas soltas, com os comentários da escola que dizem que lá não há birras nem fitas, com a ajuda que dá em casa, a pôr a mesa e a arrumar a roupa, com a vontade que tem de fazer tudo o que o irmão faz.

O Micro fala pelos cotovelos, já anda de bicicleta com rodinhas (não lhe saiu à primeira mas lá conseguiu), quer quase sempre calçar os sapatos sozinho, despe-se sozinho para tomar banho (excepto a camisola) e nos dias bons, come sozinho, mas ainda usa fralda à noite para dormir, continua a acordar normalmente uma a duas vezes por noite, disputa quase todos os brinquedos do irmão e de manhã continua a pedir o leitinho.

O Micro é o puto mais mimado daquela casa e a culpa é de todos e daquele sorriso de malandro que ele usa orgulhosamente.

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Coisas #38

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1 coisa: Cada vez gosto menos de segundas-feiras... mas tenho de melhor o meu humor de manhã nestes inícios de semana...

 

2 Coisas: Convenhamos, já não há quem aguente este tempo de merda, este fim de semana até terra choveu... sim eu sei que veio do deserto e afins e que prova que a força da natureza é magnífica, mas depois de ter andado a lavar o patio... é um bocadinho frustrate.

 

3 Coisas: O Mini faz contas de multiplicar... sim multiplicar... não sei se ria se chore (ele está no pré-escolar e não, não estou a dizer que o puto é um génio, só fico surpreendida com este tipo de coisas, especialmente sem estímulo da nossa parte).

 

4 Coisas: Na escola do Mini à hora de almoço, quando eles se portam minimamente bem, o coordenador da equipa costuma colocar música para os entreter. Muito bom certo? Pois o problema é a playlist... Que passa pelo "Despacito" e vai até ao "Show das Poderosas"... Medo!!!! 

 

5 Coisas: No entanto apesar do referido acima, a rádio favorita dos miúdos cá de casa, é a M80, o que me deixa bastante mais descansada.

 

6 Coisas: Ultimamente sinto que preciso de férias, assim como de água para beber, tal é a minha disposição no trabalho (e agora colocava aqui o emoji do macaquinho a tapar os olhos (um dos meus favoritos) mas como neste site não há, imaginem só, pode ser?)

 

Coisas #35

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1 Coisa: Não quero agoirar mas o Micro já não acorda a meio da noite há mais de uma semana.

 

2 Coisas: Há um novo movimento que desconhecia completamente, associado ao Placard (Jogos Santacasa). As velhotas aqui da zona, passaram a saber que equipas jogam a cada semana, quando e a que horas. Fiquei chocada lol

 

3 Coisas: Não fiz resoluções de ano novo significativas mas, confesso que fiz alguma retrospecção e resolvi reorganizar um pouco a minha vida, andava mesmo muito desleixada.

 

4 Coisas: A única resolução assim mais concreta que determinei foi ir mais ao cinema.

 

5 Coisas: Ainda associada a retrospecção que fiz no inicio do ano, constatei que preciso urgentemente de despachar um percentagem da roupa que tenho a encher o roupeiro.

 

6 Coisas: A minha necessidade de doces nesta altura do ano é assustadora.

Coisas #32

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1 Coisa: O Mini já entrou naquela fase que está farto da escola, todos os anos por volta do final de Junho e do inicio de Julho começa a perguntar-me quase todos os dias se tem escola. É o sinal que está a precisar de férias, vamos ver se aguenta o mês todo!

 

2 Coisas: Tenho um problema com o Verão: Pessoas de chinelos com os calcanhares lastimáveis! Sim eu sei que não tenho nada a ver com isso, mas faz-me confusão ver aqueles calcanhares desidratados que não vêm creme há mais de dois anos. Ás vezes tenho vontade de sacar do meu creme da mala e oferecer à pessoa em questão, mas acho que corro o risco de levar uma chapada por isso sempre controlei este impulso. Mas incomoda-me! Pronto, já disse!

 

3 Coisas: Tenho vizinhos novos, todas as noites, três gatinhos vêm brincar para cima das canas que fazem sombra ao patio. Tem sido uma animação. E eu nem gosto de gatos :P

 

4 Coisas: Pessoas, lembrem-se que apitar nas filas não acelera o descongestionamento das mesmas. Ontem só não saí do carro e mandei um bando de idiotas para o car... porque tinha os miúdos comigo, mas estive mesmo, quase, quase. Qual é o problema das pessoas? Chegámos a esta altura do ano e começa a loucura...

 

5 Coisas: Tenho de voltar ao Yoga urgentemente!

 

6 Coisas: O Micro já iniciou o desfralde e surpreendentemente em duas semanas ainda só trouxe roupa para lavar uma vez! Sempre achei que com ele ia ser a loucura!

 

Dois Anos de Micro

O tempo passa a correr e o piolho já fez dois anos.

Em 2015 chegou para nos mostrar que isto da maternidade não tem receita e que por mais livros que leiamos, movimentos que sigamos e concelhos que acatemos cada criança é diferente e cada fase em que cada criança entra nas nossas vidas também é diferente.

Eu sei que fui uma mãe diferente para o Mini e sei que cedo mais com o Micro. Quando era só um tínhamos mais tempo, mais disponibilidade e mais capacidade de resposta. 

A chegada do Micro obrigou-nos a priorizar as coisas e sem dúvida que o piolho é mais mimado que o irmão.

No entanto, também foi sempre um bebé mais mimoso, que gostava de estar no colo, ao contrário do irmão, que gostava de aconchego, ao contrário de irmão. Talvez por isso, hoje, nos dê abraços muito apertados por razão nenhuma.

O Micro ensinou-me a ser paciente, a ignorar birras, a oferecer leite sem aquecer, a receber abraços apertados, a aceitar que vou ter de continuar a levantar-me muitas vezes durante a noite e que apesar de os pais serem os dois morenos e normalmente resmungões, podem ter filhos loiros e sempre bem dispostos. 

Com dois anos, anda e corre com vontade, diz tudo, mesmo sem que nós entendamos uma boa parte, é guloso e quer provar tudo o que comemos, não gostava de fruta, mas bebe sumo.

É muito mais espertinho que o irmão e leva-nos todos onde ele quer sem grande esforço. Faz birras gigantes por coisa nenhuma, que começam tão rápido como acabam. Adora o irmão e diz que "gota" de todos lá em casa.

É demasiado decidido, dizendo que "na quei" quando não quer mais comida ou fazer determinada coisa que lhe pedem, pede desculpa com facilidade, mas ainda não empresta com vontade. 

Resolve tudo com abraços apertados e beijos babados e sempre que lhe pergunto o que está a fazer, especialmente se for asneira, responde prontamente "Não Mãe!". Mas apesar de tudo é muito menino da mamã e adora o colo da mãe e da avó.

É um puto lindo, sempre bem disposto, que passa a maior parte do tempo a rir, dançar e brincar sem se deixar afectar por grande coisa. 

O Micro ensinou-nos a todos que é muito fácil ser feliz!

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Disto de ser mãe #6

Disto de Ser Mãe passou a rubrica, tenho sempre muita coisa para dizer acerca do assunto...lol

 

Adoro ser mãe, sempre foi sem dúvida um desejo. Julgo que a minha relação com a minha irmã é um pouco estranha (para não dizer outra coisa), exactamente por sempre ter assumido um papel demasiado maternal com ela.

Quando era mais nova achava que queria ser mãe aos 25. Quando os 25 chegaram, estava longe de querer engravidar ou mesmo estar preparada para isso. O tempo passou e chegámos a uma altura em que eu só pensava no assunto. Quando finalmente achámos que a altura tinha chegado eu estava nos 30. O Gabriel nasceu e uma semana depois fiz 31 anos. Não sei se foi tarde, se foi cedo, nem quero realmente saber. O que interessa é que adoro ser mãe. 

Mas... sim há sempre um mas, quando olho à volta tenho sérias dúvidas onde me situar nesta coisa da educação, maternidade, parentalidade, etc. 

Cada vez há mais informação disponível e cada vez há mais gente a seguir movimentos educativos diferentes e muitas vezes quando olho para a nossa família questiono se estamos ou não a ser bons pais (e sim eu sei que esta dúvida nos vais assombrar por muito mais tempo do que aquele que gostamos de admitir).

 

Hoje o tema é vacinação.

Quando o Mini nasceu, era relativamente próxima de uma rapariga que dava aulas de baby yoga e fazia preparações para o parto e afins. Éramos amigas e acompanhei o trabalho dela, tentando respeitá-lo o melhor possível, mas confesso que havia muita coisa que a movia que não era de todo semelhante à minha ideia de educação e parentalidade. No dia que ouvi a forma como repudiava as vacinas, comecei a afastar-me. Não queria criar ali uma clivagem desnecessária. As nossas vidas já caminhavam em direcções opostas há algum tempo, por isso acabou por passar despercebido. Mas fez-me pensar muito, a forma como ela rejeitava por completo as vacinas.

Eu fui vacinada, e vacinei os meus filhos, através do plano nacional de vacinação e todas as sugestões da Pediatra. A principal razão porque o fiz, foi porque acredito na medicina actual e não tenho razões para não acreditar, apesar de reconhecer que há casos que poderão questionar a minha crença e apesar de achar que a homeopatia por exemplo é uma grande ajuda na cura, se usada em conjunto com a medicina tradicional. A outra razão foi a minha consciência, sim, a minha consciência. Nunca me passaria pela cabeça não vacinar um filho meu, sabendo que um dia ele poderia contrair uma doença que poderia ter sido evitada por uma vacina ou até mesmo contagiar outros por não o ter feito. A minha principal questão é, como é que eu iria "dormir à noite" sabendo que a minha opção de não vacinar traria problemas de saúde aos meus filhos e aos seus pares. 

Por isso, apesar de respeitar, com alguma dificuldade (confesso), a opção de não vacinar, questiono-me sempre como é que os pais que decidiram pela não vacinação conseguiram ultrapassar esta situação. 

Eu sou aquela mãe que não manda o filho para a escola, porque tem febre e se tem febre pode ter algo contagioso. Eu não dou ben-u-ron de manhã antes de sair de casa e depois atendo o telefone incrédula quando ligam da escola às 15h a dizer que o meu filho está com febre. Logo não consigo assimilar como se decide não vacinar e viver relaxado com isso. O Micro esteve doente e por momentos eu achei que podia ser Sarampo, mesmo ele estando vacinado. Para mim era impensável.

Se acho que o Plano Nacional de Vacinação deve ser obrigatório? Não, não acho, acho que cada pai deve ter o direito de escolher, mas por favor, sejam conscientes e informados, não tomem uma decisão destas, que implica com a vida dos vossos filhos e dos filhos dos outros, baseando-se apenas em crenças e novos movimentos educacionais coerentemente questionáveis.